Thursday, April 30, 2009

//Anathema// :: Parisienne Moonlight::





Soube hoje que a banda inglesa Anathema nos visitam em duas datas, uma em Lisboa @ Incrivel Almadense a 5 de Maio e outra no Porto @ Teatro Sá da Bandeira, a 6 de Maio. Não vou estar presente em nenhuma das datas, para muuuuuuita pena minha, já que sempre que ouço falar desta banda tremo todo (como foi hoje o caso, quando me disseram que vinha cá).

Esta banda atingiu-me na minha essência, como poucas conseguem fazer. Álbuns como Eternity, Alternative 4 e Judgement definem-me, definem uma altura da minha vida que existe, existiu e persiste. Sou aquelas músicas, aquele sentimento, aquela paisagem, aqueles sons... Ouvir Anathema não pode ser o mesmo que sentir o sentimento das suas músicas. Simples, e mágico. Transportam-me para outro ser, outras sensações, outras vivências, minhas, mas também estranhas. Rejeito-as ou abraço-as, numa luta sem fim, indefinido. Realizo agora que esta banda guardo-a bem, e fechada, evitando ouvi-la, e sei porquê! O peso é enorme, a angústia alguma, a melancolia muita. O tempo pára, e devolve o que tirou, em pensamentos e memórias. Magoa. É mágico.

É difícil escolher uma música para destacar esta banda, mas Parisienne Moonlight aparece naturalmente, e é a música que me recordo automaticamente ao recordar a banda. Sempre. E mágico. É por isto que sinto a música como um todo, como nada comparado. Sinto-a como se de ar se tratasse, para sobreviver, para viver. Mágico.

Ao destacar esta música não posso deixar de colocar aqui uma versão fantástica do Danny Cavanagh com a Anneke van Giersbergen. Se isto não é belo, não sei o que será.





Vi-o cá há pouco tempo. Foi um concerto intimista, a solo, e delicioso.

...this feeling drives me to tears...

//Depeche Mode// ::Peace::





Ainda me estou a habituar ao Sounds of the Universe, mas há uma música que me assombra, no bom sentido. Peace, a faixa 7 do álbum, e que será o segundo single, depois de Wrong. Esta música é fantástica. Tem tudo a ver. Muito boa. Já é uma das favoritas :p

Wednesday, April 29, 2009

//And One// ::Metalhammer::





Ah, mas não podia fechar a série de industrial bom e velhinho sem este tema! A coisa não ficava completa (é difícil ficar completa :p)!

Metalhammer é um dos melhores temas dos germânicos And One, uma das minhas bandas preferidas de sempre. Editado em 1990, rapidamente catapultou a banda para o sucesso, que continua até aos dias de hoje. Muito boa malha, tem lá tudo, até o som cru do martelo :)

//Front 242// ::Masterhit::





Esta série de posts está a por-me louco! Tanta boa malha que até doi! Vou terminar por aqui, mas termino em beleza, com um tema que sempre que ouço me arrepia. O tema é Masterhit, dos Front 242 (who else! ;)) e é fantástico, desde o som até à letra :p Caramba! Queria mesmo ver estes gajos ao vivo!

Deixo também a versão original da música, mas com um video diferente :O



//Acid Horse// ::No Name, No Slogan::





Redescobri esta música anos mais tarde. Digo redescobri porque lembro-me realmente de a ouvir na altura em que saiu! Não sei como, já que na altura não ligava a este género de música, mas a guitarra e o refrão ficaram-me para sempre gravados na memória.

No Name, No Slogan foi o único single editado em 1898 sob o nome de Acid Horse, um projecto conjunto dos pioneiros do industrial Ministry e Cabaret Voltaire. Basicamente a história é esta. Gosto desta música, mas concordo que acaba por ser um pouco repetitiva.

//Skinny Puppy// ::Assimilate::





Ah, como eu gostava de voltar atrás no tempo... Reviver os anos 80, a melhor década! Mais um excelente tema dark e underground daquela década. Assimilate foi o primeiro sucesso da banda dark electro canadiana Skinny Puppy, que duram até aos dias de hoje, tendo já uma extensa discografia, sendo uma das bandas de maior culto do género electro-industrial.

//Nine Inch Nails// ::Sin::





Pois, mas isto do industrial velhinho também tinha que vir dar nesta banda. Penso que os Nine Inch Nails dispensam qualquer apresentação, mas para os mais distraídos fica a informação que surgiram em 1988 pela mão de Trent Reznor, numa tentativa de importar para os EUA o som rebelde e eléctrico que se vinha fazendo pela Europa e Canadá. A meu ver, continuam a ser o melhor exemplo de industrial vindo do norte daquelas terras do outro lado do nosso oceano, mas curiosamente sempre me passaram ao lado, talvez pela sua orientação mais comercial. Mas concordo que é um bom projecto, e Reznor um autêntico senhor :p

Em 1989 lançam o debut Pretty Hate Machine, que ainda hoje roda na minha disco como sendo um dos melhores álbuns do género, de onde fazem parte os clássicos Sin, uma boa malha e cujo vídeo deixo aqui, e também Head Like a Hole.

A primeira vez que ouvi falar dos Nine Inch Nails foi por volta de 1996, quando o primeiro jogo da série Quake saiu, já que a banda sonora do jogo foi composta por Reznor.

//Tribantura// ::Lack of Sense::





Estou embalado. Ao colocar aqui esta ou aquela música clássica EBM, vou-me lembrando de outras. Outra grande malha EBM é esta Lack of Sense, dos americanos Tribantura. Sobre a banda não encontro muita informação na net, à excepção de que este tema terá sido o seu tema mais famoso. É uma das minhas músicas preferidas do EBM oldschool.

Tuesday, April 28, 2009

//Bigod 20// ::Body To Body::





Body To Body é um excelente tema EBM dos alemães Bigod 20. Formada em 1988 pelos produtores Andreas Tomalla e Markus Nikolai, lançam nesse ano o single Body to Body, através da label de Tomalla, que mais tarde daria origem à mítica Zoth Ommog Records.

Fica aqui este tema Body To Body, mais um dos grandes temas EBM, e que deve andar sempre lado a lado do tema Let Your Body Learn dos Nitzer Ebb.

//Nitzer Ebb// ::Nitzer Ebb - Join In The Chant::





Os Nitzer Ebb são outros dos grandes nomes do EBM dos anos 80. De origem britânica, esta banda lançou o seu primeiro álbum em 1987, de nome That Total Age e de onde fazem parte os hits Let Your Body Learn e este fantástico Join in the Chant. Ambos os temas são obrigatórios na discoteca de qualquer fã EBM.

Monday, April 27, 2009

//DAF// ::Der Mussolini::





Os DAF, ou Deutsch-Amerikanische Freundschaft, banda formada em 1978 em Düsseldorf por Gabriel "Gabi" Delgado-López e Robert Görl, foram uma das bandas mais influentes do género EBM nos anos 80, sendo talvez a sua música mais famosa esta Der Mussolini, dp álbum Alles Ist Gut de 1981. Ainda hoje é umas das melhores malhas EBM!

Muitas covers foram feitas desta música, mas destaco duas recentes: uma feita pelos pesos pesados do industrial KMFDM e outra pelas Client, que tive oportunidade de ver e vibrar ao vivo, aquando a passagem delas pelo Porto. A performance desta música por elas foi fantástica, fechando uma noite memorável. Toda a gente delirou e cantou o Der Mussolini! ;) Fica aqui um search peak do check sound da banda :)



Uma versão fantástica ao vivo!




//Die Krupps feat. Nitzer Ebb// ::The Machineries of Joy::





Continuando na linha do EBM original, esta música é um must na colecção de temas emblemáticos do género. A música é dos alemães Die Krupps com a acolaboração dos também pesos pesados EBM Nitzer Ebb. O resultado é uma música excelente, cheia de energia e maquinaria :)

Sunday, April 26, 2009

//Front 242// ::Headhunter::





Bem, para falar de Front 242 é preciso respirar fundo e ganhar coragem. São, tão só e apenas, os pais do género EBM - Electronic Body Music, o meu género de música de eleição. Yes! I'm an EBM head man!

Em 1981 surgiu na Bélgica uma banda composta por dois jovens irreverentes que queriam fazer música utilizando electrónica de ponta. Pioneiros no seu som, juntamente com nomes como DAF ou Nitzer Ebb, ajudaram a fundar o movimento musical EBM, que ainda hoje existe e está de boa saúde.

Destaco, como não podia deixar de ser, a música mais famosa da banda - Headhunter - para mim a melhor música EBM de sempre. Esta música representa a essência do que é o EBM.
No final do ano 1999 lançam o duplo single Headhunter 2000, com uma catrefada de mixes de outras bandas do hit Headhunter. Ficam também aqui algumas dessas mixes :)








Esta Empirion Mix é uma malha!!!!!



E também uma versão ao vivo no Mera Luna de 2008. Nunca os vi ao vivo, mas seria um dos concertos da minha vida.

Saturday, April 25, 2009

//Das Ich// ::Destillat::





Já cá faltavam as sombras. Geralmente é assim. Sempre que ouço música com muita cor e energia positiva, como tem vindo a ser o caso, o meu lado mais escuro, mais íntimo, mais meu, começa a pedir atenção, começa a pesar, começa a sentir falta de mim. Depois voltam os sons que me fazem realmente sentir bem...

Esta música veio quase de imediato à lembrança. Bom exemplo de New German Death Art (Neue Deutsche Todeskunst), Destillat é uma música de referência dos alemães Das Ich. O vídeo é perturbante, como eu gosto :p Já tive oportunidade de os ver ao vivo no saudoso Hard Club. E que concerto! Se conhecem e gostam de Rammstein, DEVEM ouvir Das Ich. Vão descobrir um "admirável mundo novo".

Friday, April 24, 2009

//Miss Kittin & The Hacker// ::Ray Ban::





Ray Ban, uma das melhores músicas do álbum Two de Miss Kittin & The Hacker, profunda e intensa mesmo ao meu estilo, e agora finalmente, posso cantá-la :p

//Depeche Mode// ::Enjoy The Silence::





Mas... o original é sempre o original...

//Lacuna Coil// ::Enjoy the Silence::





Mas também há guitarras nos DM por outros. Esta versão é fantástica! Cover feita pelos italianos Lacuna Coil (<3 Cristina Scabbia)

//Apoptygma Berzerk// ::Enjoy the Silence::





Mais Depeche Mode por outros. Ainda não destaquei aqui como deve ser os Apoptygma Berzerk, que nos dias de hoje já não presto tanta atenção, já que viraram bastante o som. Mas antes, nos anos 90, eram um espectáculo. Em 1998 lançam o álbum ao vivo APBL98, onde se pode encontrar uma cover da moda de Enjoy the silence. Tanto rodou este tema que o CD riscou... Para mim, outra das melhores covers DM na onda electro alternativa.

//Suspiria// ::Behind The Wheel::





E ainda numa de Depeche Mode, claro, lembrei-me desta cover dos Suspiria, um grupo goth inglês que contagiou as pistas de dança do género nos anos 90, com as suas músicas clubistas e vibrantes.

Tenho uma história por trás da minha preferência desta banda. Depois de a descobrir, rapidamente ascendeu às minhas preferências no género. Tenho todas as músicas deles, e curiosamente ainda hoje não me canso de as ouvir, transmitindo-me o mesmo que sentia nos tais anos 90.

Banda era formada por Matthew Lucian, na voz, bastante peculiar e viciante, e por Mark Tansley, que depois dos Suspiria terem acabado em '98, formou os Intra-Venus, na mesma linha de Suspiria, e que chegaram a visitar o Porto.

Destaco então esta cover, para mim uma das melhores covers das músicas dos Depeche Mode, e que tanto rodou na altura. Há também uma versão alternativa da mesma cover, que deixo também aqui.

Lol, e há também Hampster Dance, famosa na net no final da década de 90, e que esta animação eu associava a esta cover. Enfim, 'tava parvo, só pode... Ah, a história disto! lol



//Sunlounger feat. Zara// ::Crawling::





Quando a luz encontra a sombra.

Simplesmente lindo.

Podem ouvir esta música no set [\\WMM] :: Another Kind of Love.

//Tool// ::Disposition::





É impressionante como a nossa disposição se pode alterar de um segundo para o outro. É como o humor nos bebés...

Desejo-te a maior das sortes, meu anjinho...

//Röyksopp feat. Robyn// ::The Girl and the Robot:: #2




this is why i love electro

Pronto, estou apaixonado. Mesmo! Há tanto tempo que não tinha uma crush por uma música como tenho por esta. Ideal. Tem tudo a ver!

Fica outra vez a rodar no leitor, desta vez ao vivo para uma TV sueca.

Thursday, April 23, 2009

//Melotron// ::Das Herz::





Ao escrever o post anterior lembrei-me desta banda synthpop alemã, os Melotron. São uma das bandas melhores bandas alternativas do género synthpop, e onde se nota bastante as influências dos mestres Depeche Mode. Nota-se tão bem, que até o vocalista é parecido com o Gahan :p

Das Herz é o single do último trabalho de originais, Propaganda, de 2007.

//Depeche Mode// ::It's No Good::





Há que preparar para a data em Julho. Essa preparação passa por ouvir o que de bom há antes de Sounds of the Universe. Há muita coisa boa, sim, muito mesmo. É difícil escolher, mas para mim torna-se simples destacar o álbum Ultra, de 1997, um dos meus preferidos. Talvez seja um album mal amado, incompreendido até. Não é, seguramente, dos melhores da banda, mas o contexto onde o encaixo é ideal. 1997, ano bom, com esta banda sonora. Gosto do álbum, ouvi-o muitas, muitas vezes, em especial esta música dark It's No Good, que tem tudo a ver. Para mim uma das melhores músicas dos Depeche Mode. Não fiz, mas está seguramente no meu top 5.

O vídeo contrasta bem, está meio azeiteiro. É diferente. Mas agora a música está num nível fantástico de synthpop mais sombria, fazendo lembrar De/Vision, Melotron ou Mesh. Muito bom mesmo. Esta música está novamente a tocar largo aqui no leitor! Depois de tanto sol, sabe bem alguma sombra também. A sombra que esta música me dá reconforta-me.

Wednesday, April 22, 2009

//Metric// ::Gimme Sympathy::





Lindo. Finalmente o novo trabalho dos canadianos Metric está aí - Fantasies, de onde faz parte este fantástico tema Gimme Sympathy. Mais um que faltou ao set [\\WMM] :: Glamorous Indie Rock And Roll :( Mas, se não conhecem a banda, de certeza que já devem ter ouvido este tema! O tema que me introduziu à banda e pelo qual fiquei fã :p

//The Veronicas// ::Untouched::





Música contagiante e cheia de energia é o que se precisa! Sinto isso com este Untouched das gémeas australianas The Veronicas. Destacadas pela MTV, já tinha ouvido falar deste há uns tempos, pelo nome que me suscitou curiosidade. Não me recordo se na altura ouvi alguma música delas. Têm já editados dois álbuns, The Secret Life of..., de 2005 e Hook Me Up, de 2007, de onde sai este Untouched. Pronto, a música é um pouco pipoca, mas sabe bem, é boa onda. Bom electro rock, apetece dançar :) O video é porreiro, o jogo de cordas, tanto o clássico como o distorcido é muito interessante, e o electro bass é dos que mais gosto. Gosto desta música!

Vem é tarde, já que era uma óptima candidata para fazer parte do meu mais recente set [\\WMM] :: Glamorous Indie Rock And Roll, que podem, e devem, ouvir e sacar a partir do meu virtual club \\Wellenbereich Muzik Manifesto. Tune in and enjoy.

Sunday, April 19, 2009

//Paramore// ::Decode::





Esta música ficou-me no ouvido da primeira vez que a ouvi. A primeira coisa que me veio à cabela foi Lacuna Coil. É diferente, é certo, mas notei algumas semelhanças. A música é Decode, dos americanos Paramore, e faz parte da BSO do filme Twilight.

Quanto ao vídeo, que foi o meu primeiro contacto com a música, gosto da envolvência florestal, a lembrar os velhos vídeos de metaleiros nórdicos e também o fantástico Blair Witch.

Já não acho tanto que à música lhe falta qualquer coisa. Foi com essa impressão que fiquei sempre que a ouvia das primeiras vezes, mas já me devo ter habituado que falta mesmo qualquer coisa. Fez um click parcial.

Mas! Aquilo que me chamou mesmo à atenção de início foi... a cor de cabelo da vocalista!! É, eu me confesso, tenho uma thing por redheads cof cof cof... Na música, sempre que me lembro de ruivas, é inevitável não pensar em Sonja Kraushofer, dos austríacos L'Âme Immortelle...

//Depeche Mode// ::Wrong:: #2





Há quase um mês destaquei aqui no leitor o novo trabalho dos Depeche Mode, através do single perturbante Wrong. Volto a fazê-lo, já que é já segunda feira que o álbum é lançado oficialmente (apesar de rodar por aqui há que tempos...)

Mas eu não quero o CD, o simples CD... Quero isto -> Deluxe Box Set Edition. É bem, não acham? Já tenho a caixa em formato digital, mas não é a mesma coisa. Ao vivo e a cores precisa-se :p

Agora fica o vídeo de Wrong ao vivo nos prémios ECHO. Fantástica a produção ao vivo!

Saturday, April 18, 2009

//The Golden Filter// :: Solid Gold ::





"we're super new. and somewhat secretive."


Descobri recentemente The Golden Filter, um duo nova iorquino, formado por Stephen e Penelope. Têm apenas um single, Solid Gold, mas já remisturaram nomes como Cut Copy, Peter Bjorn & John, Little Boots, estando também para sair uma remix oficial de We Are The People dos Empire of the Sun.

Esta música é viciante. Synths analógios, bassline disco e voz angelical. Fits me like a glove. Actualmente revejo-me mais nestas cores...

Se gostaram (é possível não gostar?) devem saltar aqui e aqui.

Deixo o vídeo de Solid Gold (liindo!), e também o teaser#1 e o teaser#2 :p







ps.: adoro a fotografia da banda. foi o que me chamou à atenção. geralmente não me engano ;)

//The Stone Roses// :: Love Spreads ::





Ah, e para desenjoar um pouco da onda negra, nada melhor que uma boa recordação. Love Spreads, dos míticos The Stone Roses, pedra fundamental no indie britânico da década de 90. Love Spreads, é isso mesmo que se precisa. Muito amor para todos :) (lá está, o Sol a raiar em mim ;))

Adoro esta música e este vídeo! Oh yeah!

Friday, April 17, 2009

//Cradle of Filth// ::One Final Graven Kiss::





Quando libertei momentaneamente das masmorras sensoriais a música No blind eyes can see dos Lacrimosa, veio àquela acorrentada esta One Final Graven Kiss, dos black metaleiros Cradle of Filth, que faz parte do primeiro álbum da banda, The Principle of Evil Made Flesh.

Música também intensa, melancólica, não com tanta carga como a anterior, mas também com muita história. Ao ouvir esta música, imagino-me numa sala principal de um qualquer castelo, vazia, apenas com um piano velho e meio destruído a tocar sozinho esta música, iluminado pela luz lunar que entra na sala poerenta por uma janela entreaberta...

OK, já chega de goticalhices e penumbras! Daqui a nada estou a voltar à dark age de há uma década atrás! Sinto-me numa espécie de anúncio MUDASTI ao olhar para uma figura conhecida vestida de preto/cinza, com barba por fazer e botas de biqueira de aço, e a estender-me a mão... NÃO! Já foi altura, já rodou muito no leitor esse género musical. Prefiro agora uma onda mais solar ;) Ou não :S

//Lacrimosa// ::No blind eyes can see::





Há músicas que devem permanecer livres enclausuradas no nosso mais íntimo ser. Não devem ser partilhadas, não devem ser gastas, não devem ser ouvidas, devem permanecer na saudade, na recordação dos sentimentos sentidos e passados. Não me ocorre outra música cheia de carga melancólica e significado puro, a não ser esta No Blind Eyes Can See, dos alemães Lacrimosa, do álbum Inferno, de 1995.

Há músicas que nos tocam para sempre, que marcam um ponto de viragem na nossa vida, onde se consegue separar o antes e o depois, onde depois nada é como antes. Mais uma vez, não me ocorre outra música que me tenha causado tamanho efeito. A música No Blind Eyes Can See marca o instant zero de uma altura, que perdura. Surgiu na altura perfeita. E para sempre ficou marcada no coração e alma.

Andava na altura a descobrir o gótico, a cultura romântica e as músicas, e a primeira vez que contactei com Lacrimosa foi com esta música, num contexto muito especial da minha vida. A música bateu-me forte, como ainda o faz, mas agora recordando-me o que foi e, de certa forma, do o que ainda é. É inevitável associar músicas a momentos vividos e sentidos, e esta música era perfeita para a situação.

Sempre gostei de músicas longas e de vozes femininas. Esta é as duas coisas. Música longa, complexa, com uma letra forte, com um misto de voz feminina cristalina e límpida com masculina, sombria e perturbante, perpetuando o sentimento de melancolia que abraçava o que sentia, e que talvez não devesse sentir.

O quarto estava acolhadoramente frio, apenas abraçado pelas sombras de uma leve luz de uma vela a um canto, junto à escrivaninha, onde esperavam papel e caneta por um momento de alma. As palavras corriam-me diante dos meus olhos, sob a forma de lágrimas, e eram acolhidas pelo papel, que as absorvia e lhes dava forma. Era uma carta de despedida, sem antes ter havido sequer qualquer encontro. Era uma carta de mim para mim para ela. Uma carta que falava dela, da beleza dela, dos seus olhos, cor de pele, cor de cabelo. Da sua voz. Da sua preseça. Da sua beleza. Da Beleza. Da Tragédia da Beleza. As lágrimas queriam abraçá-la, senti-la... mas em vão. A música tocava, tocava, as palavras dançavam e dançavam. A alma tremia. A noite, calma e fria, parava no tempo.

Será que tal carta existiu? Não sei dizer, mas existiram sim as palavras que lhe deram forma, e o sentimento que lhe deu origem. Durante anos esta memória ficou adormecida junto da música, como um único ser. Ao acordar um, o outro também acordou. Agora resta-me voltar a adormecê-los num ambiente melancólico e doce, em paz.

Trouxe esta música de volta à luz, de onde não pertence, por breves momentos apenas. É uma música que deve permanecer livre na clausura do íntimo, por detrás de portões de madeira metálica acorrentados, apenas banhada pela ténue luz lunar, que entra de uma alta janela da torre da masmorra sensorial. Custou-me fazê-lo. Tive de sair de mim para o fazer. A carga desta música é tal que foi preciso algum esforço transcrever aqui o que senti e foi já sentido. Sinto saudades de sentir o que já não sinto.

Posso muito viver no passado, mas as memórias são o que nos fazem ser...





Atrevo-me a dizer que não há mais gótico que o gótico de Lacrimosa. Tilo Wolff é mestre. Cada trabalho dos Lacrimosa cria um momento melancólico, romântico, frio. Desde as letras, à música, às vozes, até à própria art work. E esta música um bom exemplo disso mesmo.

Durante anos, e por causa desta música e do misticismo que representa para mim, lutei contra mim próprio de acompanhar os restantes trabalhos e mais recentes da banda. Agora surgiu-me inadvertidamente esta recordação ao saber que a banda está para lançar Sehnsucht, o décimo de originais, a ser editado em Maio.

Wednesday, April 15, 2009

//Depeche Mode// ::Shake The Disease::



Thursday, April 9, 2009

{discos no leitor} Nirvana :: In Utero


Na nossa vida quotidiana há diversas variáveis, que podem, ou não, alteram o nosso estado interior. Uma simples recordação despoleta vários sentimentos. É o que acontece sempre que me lembro deste álbum In Utero, o terceiro e último de originais dos Nirvana.

Os Nirvana são, e serão para sempre, uma das minhas bandas favoritas. Penso que o são para todos os da minha geração e que têm um gosto apurado pela música de qualidade. Esta banda marcou uma geração, desde que surgiu até ao seu trágico fim.

Fala-se muito nesta banda, de como marcou o som de Seatlle na década de 90, juntamente com outras bandas como os Pearl Jam ou Alice in Chains. Mas Nirvana tinham alma. Eram puros, muito por culpa do mentor, Kurt Cobain.

Apesar de estar a anos luz em termos de direcção sonora que consumo actualmente, gosto sempre de recordar Nirvana. Em especial este álbum. Ao fazê-lo estou a recordar de mim.

Para quem não conhece este fantástico álbum, sugiro que ouçam o seguinte video, que passa em todas as músicas do mesmo.



//Rockwell// ::Somebody's Watching Me::





Pois...

//Tool// ::46 & 2::





Esta música faz-me vibrar do início ao fim... Quantas recordações! Adoro a bass line. O vídeo está excelente, com imagens de um grande filme do género grotesco ;)

A música é 46 & 2, a quinta faixa do fantástico álbum Ænima dos Tool. Fenomenal.

Tuesday, April 7, 2009

//Magenta// ::Darkest Dream::







Esperei ansiosamente ao longo de anos pelo novo registo dos norueguese Magenta. Em 2003 assaltaram os meus piores sonhos e melhores pesadelos com Little Girl Lost... Em 2009 voltam a fazê-lo com Art and Accidents. A provar isto ficam dois videos do novo single Darkest Dream.

Mal tive contacto com esta banda pela primeira vez, vi logo que não podia ser um projecto qualquer. Demasiada qualidade. Os Magenta são constituídos por Anders Odden, guitarrista multi-facetado que já trabalhou com nomes pesados como Satyricon, Celtic Frost, Morbid Angel, Extreme Noise Terror e Mayhem, além de ter dado suporte em tour a Young Gods e Ministry, e também por Vilde Lockert, a voz e compositora, tendo também emprestado a voz a nomes com Arcturus (<3) e Apoptygma Berzerk, mais tarde entra Daniel Hill, para o baixo. Em 2003, lançam o álbum Little Girl Lost, que conheço bastante bem e me prendeu a atenção pelo som eclético e pela obscuridade das suas músicas e letras. Considero uma banda um tanto ou quanto perturbante. E isso é bom ;)
Agora em 2008/2009 lançaram o segundo de originais, de nome Art And Accidents. Diferente do anterior, nota-se uma evolução na linha desenvolvida em Little Girl Lost. Custou a entrar no ouvido (com Magenta é assim), mas agora não pára de rodar.

De Little Girl Lost, não encontrei nada no YouTube, à excepção de um video publicitário da Sprite com música deles :)

Gosto de vozes femininas, e a voz de Vilde é deliciosamente obscura. Ela em Friendly Fire dos Apoptygma Berzerk está fantástica. Para mim, uma das melhores músicas dos APB.

//Oasis// ::Falling Down::





Confesso que nunca achei muita piada aos Oasis. Nunca tive muita paciências para as suas músicas. Senti isto desde sempre, desde o primeiro álbum. Confesso que o sucesso desmedido e o rótulo de serem os novos Beatles me afastou um bocado do interesse de vir a ouvi-los com mais atenção. Mais a mais, sempre preferi os Blur. Mas nestes últimos trabalhos, o som dos Oasis têem-me ficado no ouvido. Editaram o sétimo álbum Dig Out Your Soul no ano passado, de onde retiraram a música Falling Down para 3º single. E gosto. Gosto desta música. Composta e interpretada por Noel Gallagher, esta música tem um je ne sai quoi, faz-me lembrar a boa música made in UK do início da década de 90, e o video levantou bastante polémica, já que a banda é conhecida por não ser grande fã da família real britânica...

...e acho que faz toda a diferença não ser o Liam Gallagher a cantar...

ps.: gostava era de saber quem é a modelo que faz de pricesa no video... pois...

//Diary of Dreams// ::Butterfly:Dance::





Mas já que fui falando de Darkwave e que já não ligo tanto ao género, a coisa muda de figura quando recordo a música Butterfly:Dance dos alemães Diary of Dreams (os alemães têm muita tradição neste género musical, e outros similares).

Os Diary of Dreams surgiram em 1996, na altura em que Adrian Hates abandona o baixo na banda gótica de renome Garden of Delight (<3). Mais tarde funda também a label Accession Records. A banda consiste basicamente nele, já que é o mentor do projecto e produziu praticamente sozinho todos os álbuns, especialmente os primeiros. Já vi esta banda ao vivo 2 vezes, no mítico Hard Club, em Gaia, nas ainda sem a logística e show em palco dos dias de hoje, e que se pode ver no vídeo. Na altura, a banda era ele e o Torben Wendt, que também fundou Diorama (<3), tendo Hates com padrinho.

Confesso que agora já não sigo esta banda de perto, mas é uma das principais influências no panorama moderno do Darkwave, tendo lançado em Março deste ano o nono álbum, de nome (if), e que por acaso já o tenho mas ainda não o ouvi...

Destaco esta música - Butterfly:Dance - já que foi uma das primeiras que ouvi, e das melhores da banda. Esta música tem muita bagagem, muita história...

Monday, April 6, 2009

//A Covenant of Thorns// ::Drive me Home::



A Covenant of Thorns || Drive me Home


Na altura em que andava a tocar os Electronic Voice Phenomenon, tocava também no leitor A Covenant of Thorns. Descobri esta banda também no MP3.COM. Gostava muito da música Drive me Home, que respira darkwave, mas estou a ver que é um género que agora já não acho tanta piada... Mais uma vez, ao voltar a ouvir também este tema, não me diz tanto como dizia na altura. São fases da vida, e guardo também esta música num sitio especial, já que, de certa forma, faz também parte de mim.

Mais sites do projecto aqui e aqui.

//Bat For Lashes// ::Daniel::





É por estas que a música é uma arte fantástica. Estou vidrado nesta música Daniel em especial, em Bat For Lashes em geral. Quando me acontece este sentimento súbito, nem me apetece escrever, apenas sentir a música, que partilho convosco. Simplesmente linda.

Sunday, April 5, 2009

//Electronic Voice Phenomenon// ::Beneath The Sky::



Electronic Voice Phenomenon || Beneath The Sky


Descobri os Electronic Voice Phenomenon há já bastante tempo, no velhinho MP3.COM. Ah, quanta música eu descobri naquele site! Muita da minha "escola musical" vem de lá. Saudades daquele tempo...

Bem de volta aos Electronic Voice Phenomenon. São dos EUA e deles sei muito pouco. Lembrei-me de colocar aqui a música Beneath The Sky que na altura não parava de tocar no leitor, porque foi das primeiras músicas do género que ouvi. Engraçado que agora, ao voltar a ouvi-la, já não lhe acho tanta piada. Mas na altura consumia muito darkwave e gostava de a ouvir porque metia um pouco de drum'n'bass (ou parecido). Era diferente. Ficam as saudades. Esta música faz parte de mim, da minha história. Guardo-a no cantinho.

//X-Wife// ::Ping Pong::





Finalmente X-Wife no leitor. Já falei pontualmente aqui deles e finalmente destaco-os com uma das melhores músicas. Oriundos do Porto e fundados por João Vieira (o famoso DJ Kitten, que tantos clubs encheu durante o hype Electrclash) são para mim a melhor banda da actualidade do electro rock português. Contam já com 3 álbums: Feeding the Machine (2004), Side Effects (2006) e o novo Are you ready for the blackout? (2008). Se não conhecem e gostam de bom rock, sugiro uma visita ao MySpace da banda.

Destaco este tema Ping Pong, do segundo álbum, um dos meus preferidos, e que tanto me faz lembrar as tardes nos anos 80 onde jogava e jogava ping pong ;)

Mas há um senão... ainda não os consegui ver ao vivo! :((

//Slimmy// ::You Should Never Leave Me (Before I Die)::





A primeira vez que ouvi Slimmy gostei. Depois vim a saber que é um projecto português, alter ego de Paulo Fernandes. Este projecto, como tantos outros do género, provam que a música portuguesa está de boa saúde e recomenda-se. Cada vez mais me chegam aos ouvidos projectos nacionais com grande qualidade.

Slimmy lançou o álbum debut em 2007 e chama-se Beatsound Loverboy, de onde destaco este You Should Never Leave Me (Before I Die), uma música bem ao estilo electro rock ;) Para ouvir mais, sugiro a visita ao espaço oficial no sítio do costume.

Recomenda-se para fãs dos também portugueses X-Wife.

//She Wants Revenge// ::Checking Out::



She Wants Revenge || Checking Out


Os She Wants Revenge são um duo americano que reiventaram juntamente com Interpol e The Editors o som indie dos anos 80. É bem audível nas suas músicas influências de Joy Division e Bauhaus, especialmente nesta música que deixo aqui. Checking Out faz parte do álbum This Is Forever, do segundo da banda, e lá mais para a frente as semelhanças com Bauhaus são bem evidentes! É um dos temas a rodar no leitor.

Como não há video no YouTube desta música, deixo-a aqui num player e podem também fazer download aqui. :)

//Yeah Yeah Yeahs// ::Zero::





Yeah Yeah Yeahs é lindo!!! Conheci-os pela primeira por alturas do Fever To Tell, o primeiro álbum da banda art rock nova iorquina. Desde aí que têm presença assídua no leitor. Confesso que a voz da Karen O me causa bons arrepios, e isso junto com o rock eléctrico é delicioso :)

A banda lançou agora o terceiro álbum de nome It's Blitz!, que é lindo e de onde tiro o primeiro tema Zero, que é também o primeiro single. Este primeiro tema mostra bem a qualidade da banda. Não devem de passar ao lado dos Yeah Yeah Yeahs!

Em relação ao video que coloco aqui, é foleiro ao máximo, mas é o que se consegue. Não dá para colocar aqui directametne o video original da música, mas podem ver e ouvir aqui.